sábado, 7 de março de 2009

O Começo

Um pouco sobre mim...
Pessoas como eu são excêntricas, rebeldes, contraditórias e inteligentes. São mesmo.
São solidárias, amigáveis e prestativas, gregárias e individualistas ao mesmo tempo, o que já mostra um pouco de um comportamento sempre surpreendente.
Parece que estamos sempre "na nossa", originais, criativos, nunca somos óbvios, não seguimos receitas, criamos mas não nos prendemos a modismos, raciocinamos rápido de mais e achamos absolutamente normal andar na contramão da maioria.
Nossa mente profusa em idéias nem sempre tem na fala a clareza necessária para que sejamos devidamente compreendidos; a maneira como nos comunicamos pode ser desconcertante para muitos, ás vezes somos capazes de nos comunicar sem que uma palavra seja dita.
Até quando interesses particulares estão em jogo a imparcialidade dá o tom de nossas relações; uma mágoa, no entanto, pode levar um tempo enorme para ser absorvida. Não somos indiferentes às chantagens emocionais, e somos capazes de perder totalmente o interesse por quem as faz.
Procuramos decidir tudo de forma lógica, racional e objetiva, mesmo em situações que mexeriam fundo com os sentimentos de quase todo mundo.
Engenhosos e bons negociadores- embalamos a ideia que pretendemos vender em argumentos convincentes, falando sempre com muito entusiasmo- não temos a ambição como motivação para conseguir algo que nos distinga.
Na realidade, não almejamos o palco, o primeiro lugar, o cargo de autoridade ou a posição de poder; e sim do reconhecimento do que fazemos. Vamos atrás do que nos torna únicos e especiais, mas não gostamos da caminhada solitária em direção ao sucesso; incentivadores abrimos todos os caminhos possíveis para que outros também consigam reconhecimento pelos talentos que têm.
Não aparentamos indiferença nas questões sentimentais, mas fazemos uso de um imenso arsenal de recursos para camuflar o que verdadeiramente sentimos, embora não tenhamos a consciência de que na maioria das vezes agimos assim. Imaginamos estar no controle do que nos acontece e tentamos tratar como regras matemáticas emoções como o ciúme, raiva e medo. Arquitetamos facilmente um "substituto" para deflagrar sensações de insegurança ou de fragilidade porque achamos insuportável conviver com elas.
O nosso corpo reage a essa administração de emoções através de alegrias de mil tipos, resistentes aos mais criteriosos tratamentos; manifestações que podem existir por uma vida inteira.
Nem sempre somos simpáticos a primeira vista, quem sabe pelas defesas que colocamos em relação a quem não conhecemos, de esquisitos ou estranhos quase todos já foram chamados, de distraidos também, mas surpreende como damos conta do que assumimos, quase sempre seguindo um planejamento considerado caótico por quem convive conosco.
Somos obstinados, liberais e conservadorers ao mesmo tempo, passamos por cima de detalhes para não perder a visão do todo, mas raramente criamos pendências pro que realmente é importante.
Detestamos cobranças, críticas, horários rígidos- embora saibamos cumpri-los- e qualquer tipo de interferência em nossos métodos. Se tivermos liberdade para agir, obedeceremos as mesmas regras que todos seguem com total boa vontade.
Não abrimos muito espaço para que se tornem intimas as pessoas com quem nos relacionamos, mas quando isso ocorre estabelecemos amizades duradouras por uma vida; adoramos ter pessoas ao redor, porém gostamos da própria companhia e, mesmo quando sós, não nos sentimos solitários.
Não somos inconstantes no amor como poderia parecer, afetivos, atenciosos e preocupados com o que os outros sentem, estabelecemos relações duradouras com muita frequência, embora possamos questioná-las igualmente.
Inflexíveis em relação ao que defendemos, fazemos malabarismos para nos adaptar ás necessidades da pessoa com quem estamos convivendo, procuramos ser úteis a maior parte do tempo, o que cria uma estreita relação de amor e amizade.

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