sexta-feira, 19 de julho de 2013

Relações


Os relacionamentos humanos estão em crise. Crise porque está acontecendo grande transformação na forma de se desempenhar os papéis sociais. Crise porque nesta transformação de papéis não se sabe claramente o que pode ou não pode, o que é certo ou o que é errado fazer ou exigir numa relação. Mas, a pior de todas as crises é a crise moral e ética em que vivemos.

As relações humanas têm como principal agente o Amor. É o amor que aproxima as pessoas. A aceitação e a admiração são expressões deste Amor. Quando nos sentimos aceitos e admirados por alguém, nos sentimos amados e quando ainda por cima isso é recíproco, mais do que nunca queremos manter esta relação.

O grande problema é que só amor não basta, porque em nome deste Amor, muitas vezes são exigidas coisas que não são legitimadas por ele. Percebemos as invasões dos espaços um do outro e sentimos o desrespeito. Portanto, além de Amor, uma relação não sobrevive sem o Respeito. É fundamental respeitar a individualidade do outro, bem como nos respeitar.

Outro ingrediente imprescindível em qualquer relação é a Confiança. Sem confiança não investimos, não nos envolvemos e não nos entregamos a nada. Sem confiança a relação fica estabelecida na superficialidade, sem nunca saber realmente com quem estamos, e quem está conosco, não sabe de verdade quem somos.
Hoje é justamente pela deficiência de parâmetros claros e definidos de limites, que as pessoas estão muito mais autocentradas em suas próprias necessidades. Não estão conseguindo pensar no outro, nas necessidades do outro e, conseqüentemente, não confiam que o outro genuinamente possa fazê-lo também.

As pessoas querem ter tudo, mas não querem dar nada. Querem viver e experimentar tudo o que a vida se lhes apresenta, mas não querem assumir nenhum compromisso e responsabilidade sobre isso, como qualquer adulto saudável faria. Isto é princípio do prazer. Viver o bem bom da vida sem qualquer comprometimento.

Ter “noção” de ética e moral é o princípio simples para se estabelecer qualquer relação. Entendo por Ética como conduta de vida, onde sempre precisa estar presente um pensamento básico: “Tudo que me faz mal, que me incomoda, que me deixa infeliz provavelmente poderá também afetar o outro e fazer-lhe mal, incomodá-lo e deixa-lo infeliz”. O problema é que a maioria das pessoas não faz um exercício ético muito simples: o de se colocar no lugar do outro.

Independentemente do que a convenção social determina como modelo de atuação para os papéis que representamos  jamais devemos nos esquecer de que a base para a relação indivíduo/indivíduo é a ética e a moral, que tem como princípio básico o respeito e a confiança. Caso contrário, o que teremos é uma banalização da vida e, conseqüentemente, das relações que se tornam cada vez mais descartáveis. Todos se tornam descartáveis porque falta amor e respeito pela vida, bem como falta confiança de que a vida proverá.

Lindo tudo isso né? e na prática? 
Vamos tentar...

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